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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Projeto " Gincana de Leitura"


GINCANA DE LEITURA  NA ESCOLA – GÊNEROS “DO LIVRO DE TEXTOS DO ALUNO DO 2º ANO” DO PROGRAMA “LER E ESCREVER”
Disciplina: Classe Comum e Oficinas Curriculares
Público Alvo: alunos do 1º ao 5º ano
Período: do 2º ao 4º bimestre
Responsáveis : Todos os professores e a direção
 Representante dos professores: Marlene Manzi

Quando se pensa a literatura erudita, inevitavelmente, o pensamento reconhece as narrativas orais, pois a erudita bebe constantemente na fonte das narrativas orais. Considerando tal observação, vê-se que é mesmo no ciclo I que tais leituras devem permear o cotidiano escolar de forma que, além de garantir o resgate da cultura popular, também forme o leitor que lerá e entenderá a literatura erudita hoje, amanhã e sempre.
Leitura de parlendas, trava línguas, adivinhas, piadas, cantigas, canções, poesias, contos, fábulas, lendas, mitos, receitas, brincadeiras  e biografias.

1ª Gincana:  25/05/12 -  Parlendas






















































2ª Gincana: 01/06 e 04/06 -  Adivinhas

Considerações sobre a forma simples ADIVINHA
Todas as citações marcadas por aspas foram extraídas, na íntegra, do livro  Formas Simples de André Jolles, Tradução de Álvaro Cabral, 1976, Editora Cultrix, São Paulo

Os textos que foram organizados a partir da oralidade são classificados como Forma Simples. A Adivinha é uma forma bastante interessante se observarmos desde a sua origem a sua estrutura, bem como o seu uso na linguagem humana. A Adivinha “é constituída por pergunta e resposta”. (p.109) E ela está presente na vida das pessoas através de jogos infantis, da sessão de passatempo dos jornais e revistas. De acordo com Jolles, por mais difícil que seja uma Adivinha ela sempre deverá ter uma resposta, porque “uma Adivinha insolúvel não é uma Adivinha”. (p. 111).
Semelhança com o Mito
O mito é outra forma simples que contém pergunta e resposta. “Mas trata-se de outro saber e de outra curiosidade. No Mito, o homem interroga o universo e seus fenômenos acerca da natureza profunda deles, e o universo dá-se a conhecer numa resposta, numa ‘profecia’. Na adivinha, o homem já não está em relação com o universo: há um homem que interroga outro homem e de modo tal que a pergunta obriga o outro a um saber. Um dos dois possui o saber, é a pessoa que sabe, o sábio; o interlocutor o enfrenta e é levado, pela pergunta, a pôr em jogo suas forças, seus recursos e sua vida, para chegar  a possuir também o saber e apresentar-se ao outro como sábio.[  ] Na forma do Mito, somos os indagadores; na Adivinha, somos os indagados – e de tal modo que devemos responder. É por isso que o Mito ostenta as cores da liberdade, a Adivinha as do constrangimento; por isso, o Mito é atividade, a Adivinha passividade. É por isso também que o Mito alivia enquanto a Adivinha oprime. E não é por mero acaso que o equivalente em velho-alto alemão da Adivinha era a palavra tunkal, que significa ‘a coisa tenebrosa’”. (p. 112).
Origem
De acordo com especialista, há um grupo de tipologias. Um deles é “o Grupo de Enigmas da Esfinge. Os Exemplos são muito conhecidos: temos a história da Esfinge, Turandot, o Imperador e o Abade, o Companheiro de Viagem de Andersen e todas as outras variantes. O examinador é, nestes casos, um ser mais ou menos cruel, ou uma princesa ou um rei, enfeitiçados e ligados a poderes maléficos. [ ] Em todos os casos, porém, a fórmula é sempre a mesma: “Adivinha ou morre!” Em todos os casos, trata-se de uma prova capital, na acepção mais profunda do termo. (p.113)

Adivinha da Esfinge
Quem anda de quatro patas de manhã, duas ao meio dia e três patas à tarde? (aqui, a manhã, o meio dia e a tarde não significam obrigatoriamente os momentos do dia, e sim, as fases principais da vida humana. E as patas, ou pernas, não se reduzem a uma parte do corpo).

Outro grupo, o de Enigmas de Ilo, “derivado de uma de suas mais freqüentes atualizações.” (p. 114). Este conto-adivinha ou simplesmente adivinha é muito conhecido e possui quatro ou cinco versões:
“[sobre Ilo vou,
Sobre Ilo estou,
Sobre Ilo, a bela e gentil.
Adivinhem, meus senhores, o que isto quer dizer.]”. (p.114)

“Eis uma das explicações: ‘Uma jovem fora acusada de ter morto uma criança mas, outrora, quando se era condenado à morte, se se pudesse apresentar aos juízes uma adivinha e estes não soubessem decifrá-la, então o réu era solto. A jovem tinha um cão a que chamava Ilo e com a pele do animal fizera um par de sapatos. No dia seguinte, ela calçou os sapatos, foi até os juízes e propôs-lhes sua adivinha. Os juízes não puderam adivinhar e a moça foi posta em liberdade’. Além da adivinha do Ilo, tomada em seu sentido estrito, entram neste grupo inúmeras adivinhas apresentadas e contadas com explicações semelhantes, como ‘Duas pernas sobre três pernas’, ‘Não-nascido’ etc. Portanto, apresenta-se aqui uma adivinha que proporciona a liberdade e a vida se não for adivinhada. A questão é posta pelo acusado e equivale a dizer: ‘Apresenta uma adivinha e viverás’.
Tudo se passa como se as duas categorias convergissem a partir de pólos opostos de uma só disposição mental. Não poder resolver uma adivinha é morrer; apresentar uma adivinha que ninguém resolve é viver”. (p.114).

A Adivinha goza das prerrogativas da ambigüidade. “Ela não apenas é redigida na língua especial de um grupo como redigida de modo a dar ao não-iniciado a impressão de ser incompreensível. [ ] ‘pé de montanha’ pertence à língua especial e [ ] a pergunta ‘O que é que tem um pé e não pode caminhar?’ é uma Adivinha. Que é, então, que faz a Adivinha? Ela reconduz da língua especial à língua comum, do pé cuja ambigüidade pode sustentar várias coisas, ao pé humano, parte do corpo sem ambigüidade; e torna a língua especial incompreensível a partir da língua comum.

Nilda Maria Medeiros
Mestre em Estudos Literários e Pós graduada em Teorias Linguísticas e Ensino pela Unesp de Araraquara








3ª Gincana : Cantigas de Roda e Brincadeiras

As cantigas e brincadeiras de roda são manifestações folclóricas onde as crianças se dão as mãos, formam uma roda e cantam melodias que podem ou não ser acompanhadas de coreografia.
Antigamente, eram muito comuns no cotidiano infantil da criança brasileira. Hoje, no entanto, é uma manifestação que está sendo esquecida, pois as crianças estão mais interessadas em outros tipos de música e brincadeiras.
As cantigas de rodas, tanto brasileiras quanto estrangeiras, são basicamente folclóricas. Possuem letras, melodias e ritmos simples e lúdicos, envolvendo brincadeiras, danças e trava-línguas. As músicas utilizam, normalmente, um compasso binário.
Alguns acreditam que são originárias de modificações feitas em músicas de autores populares ou criadas anonimamente pelo povo. Por serem repassadas, de geração em geração, através do que se chama transmissão oral, é comum existirem diferenças regionais nas letras de algumas delas.
As brincadeiras de roda ajudam a sociabilizar e desinibir as crianças, uma vez que exigem o olhar frente a frente, o toque corporal, a exposição, pois em muitas delas cada um deve se apresentar no centro da roda. Auxiliam no desenvolvimento da expressão corporal, senso rítmico e organização coletiva. São também um dos elementos importantes para a integração e o lazer infantil.  Texto de Lúcia Gaspar.



4ª Gincana : Receitas

As receitas são um gênero textual muito adequado para incluir na rotina das turmas que estão na fase inicial do processo de alfabetização. É um gênero de circulação social bastante corrente, presente em todas as classes sociais (mesmo nas cozinhas mais precárias se podem encontrar receitas que estão impressas nas embalagens de produtos básicos como o óleo ou o arroz). Sua estrutura –  uma pequena ficha (tempo de preparo, rendimento e grau de dificuldade, em alguns casos), uma lista e depois um parágrafo, geralmente com os verbos nos modos imperativo ou infinitivo – facilita as antecipações e permite que se coloque em prática uma série de comportamentos de leitor relacionados a ler para fazer alguma coisa, um dos importantes propósitos sociais de leitura que nossos alunos precisam aprender.









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